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Doença na gengiva aumenta riscos de infartos e derrames

Apenas dois em cada dez adultos possuem gengivas sadias, segundo dados do Ministério da Saúde. Entre os idosos, a taxa é de apenas 10%. Embora seja difícil para um leigo associar uma coisa e outra, inflamações na boca podem levar a doença cardiovasculares como infarto e derrame, como confirma um novo estudo feito no Brasil.



A é uma infecção, causada por bactéria, que afeta os tecidos que rodeiam os dentes. O sinal mais característico é o sangramento frequente. O problema tem sido associado a diversas doenças, como diabetes, infecções pulmonares e até partos prematuros.

O novo estudo, feito por pesquisadores da universidade de São Paulo (USP), Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e universidade Estadual Paulista (Unesp), vinculados ao Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Fluidos Complexos, mostrou que pacientes com a doença na gengiva têm niveis mais baixos de HDL, o “bom colesterol”.


O Professor Antônio Martins Figueiredo Neto, do instituto de Física da Usp, um dos autores, explica que a doença periodontal leva o sistema imunológico a lutar contra as bactérias, mas o organistmo acaba atacando o que não deve também. O processo gera o que os cientistas chamam de LDL (ou “mau colesterol”) modificando, o verdadeiro vilão da saúde cardiovascular.


Se o LDL estiver íntegro, afirma o pesquisador, ele é metabolizado no fígado e levado pelo HDL para ser excretado. Ou seja, a pessoa não precisa de remédio para baixar o colesterol. “Mas o LDL modificado não participa do metabolismo e fica depositado na parede das artérias”, diz. O resultado é a aterosclerose, o acúmulo de placas de gordura que pode causar infartos e derrames.


O estudo contou com uma nova técnica, chamada de Varredura-Z, para a dosagem da quantidade de LDL modificada no plasma. “Os resultados revelaram que pacientes com periodontite são portadores de um maior número de LDL modificadas quando comparados com os pacientes controle”.


A Análise foi feita em 40 pacientes com periodontite crônica, monitorados ao longo de um ano. Após tratarem a doença, a concentração de LDL modificada caiu significativamente, mostrando que a saúde bucal tem uma importância maior para sua saúde do que simplesmente conservar o sorriso.





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